Mostrando postagens com marcador fresno. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fresno. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Fresno e Gloria no Espaço das Américas

Data: 17-08-2008
Local: Espaço Das Américas - São Paulo/SP


.......................................

Domingo ensolarado, perfeito para um passeio mais família,e digamos que foi mais ou menos assim o show da Fresno.
Cheguei no Espaço das Américas por volta das 16:30,meia hora antes do horário que estava marcado para a abertura dos portões, e mesmo com um sol muito forte as duas filas estavam enormes,tanto a que dava acesso a area vip quanto a que dava acesso pra pista. Tudo indicava que seria um show lotado e, como disse, super família, afinal o que mais se via por todos os lados eram os fãs de pouca idade, por volta de uns 12 anos, acompanhados por pais e mães.
Nunca tinha ido no Espaço das Américas, reconheço que assustei com o tamanho do lugar - muito imenso, seria um pouco difícil que lotasse, mesmo com as duas filas enormes. O lugar era bem maior do que todo o público que estava lá fora,mas mesmo sem estar com a casa cheia a noite prometia. E foi exatamente assim. Por volta as 19 horas, como prometido no ingresso, o show começou.
O Gloria subiu ao palco, para um show incrível e muito importante para eles.Por ser um show onde a banda principal era a Fresno,foi incrível ver pessoas das mais variadas idades sabendo cantar "Anemia","Minha Paz","Asas Fracas",e outras músicas já bem conhecidas pelos fãs da banda. Foi a prova de que o Gloria, após estes anos de estrada, está crescendo a cada dia mais e mais,conquistando mais fãs. E deve ter conquistado mais alguns após a apresentação de ontem. É incrível como a presença de palco deles é impecável, como as guitarras de Peres e Elliot são bem trabalhadas e perfeitas e como a sonoridade da bateria do Fil se encaixa perfeitamente em todos os elementos de cada uma das músicas. É bem claro que o Gloria tem porte de banda gringa, que tende a crescer e ir aumentando seu número de fãs com o passar dos dias. Depois de ontem uma coisa ficou super nítida, eles não estão nesse meio de brincadeira e fazem muito bem o que fazem. Porém a noite era de outra banda. A noite era da Fresno.
Com um palco enorme, com o nome da banda feito em letras infláveis como pano de fundo e a bateria do novo batera (Bell) já montada desde o primeiro show (mas escondida nos bastidores), a expectativa pro show era enorme; tanto que ao primeiro indício de que o show iria começar, foi uma correria absurda, já que grande maioria estava dispersa pela casa após o show do Gloria. Quando os primeiros acordes aconteceram a correria só aumentou porque a maioria que estava lá queria um bom lugarzinho pra assistir o tão esperado show de lançamento do albúm "Redenção".
Todas as músicas foram cantadas em coro. Incrível como parecia que todo mundo lá sabia todos os cds da Fresno de cor e salteado,pois cantavam todas,não erravam nenhuma sequer. Sinceramente na hora fiquei até arrepiada com toda a energia boa que dava pra sentir na hora, principalmente quando tocaram "Cada poça dessa rua tem um pouco de minhas lágrimas",música do penúltimo cd da banda,denominado "Ciano". Foi praticamente impossível encontrar alguém que não estivesse cantando esta música.
Foi um momento mágico tanto pra platéia quanto para os guris da Fresno, provavelmente nem eles imaginavam que teriam uma recepção tão calorosa. O set list do show foi feito de hits, alguns em versões acústica, outros foram tocados apenas alguns pedaços de cada música, mas todas que os fãs faziam questão mesmo estavam lá. Um show completo, tanto pelo set list, quanto pela recepção do público e, claro, pela performance da banda.
O 'grand finale' ficou por conta de "Milonga", com direito até a fã invadindo o palco pra abraçar o vocal Lucas Silveira. O saldo da noite foi um show sensacional, onde você sentia a boa energia correndo por todos os lados. Show perfeito, com uma qualidade de som perfeita, com um público super afetuoso e o mais nítido de tudo, com duas bandas que são as grandes promessas boas do rock nacional.


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tavares/fresno/entrevista/ValePunk



Breve papo com o Tavares, baixista do Fresno. Na entrevista, Tavares fala sobre as expectativas do novo álbum da banda, "Redenção", o qual marca a estréia da banda na Arsenal Music.


.............................................................................................................






ValePunk: Quais são as expectativas para o CD novo?
Tavares: Eu acho que para o disco novo a expectativa é a melhor possível. Tanto tempo gravando, tanto tempo ensaiando, tanto tempo concebendo ele. Ele nascer era a maior dificuldade, agora que tem um mês e pouco aí, ele está na lista dos mais vendidos do Brasil e isso a gente não conseguiu através de jabá. Isso demonstra o melhor que a gente faz, nos shows também. Vamos tentar se estabilizar como uma banda grande.


ValePunk: E o que vocês acharam do resultado do CD?
Tavares: Eu acho assim, é o que eu disse, a gente ficou tanto tempo fazendo ele que o resultado não podia ser outro a não ser o que exatamente a gente queria. A gente ficou muito livre no estúdio pra fazer do jeito que a gente esta acostumado. Ninguém se impôs muito, nem tentou ditar regras. Muita gente que mandou na história, e ta aí. Eu não tenho do que reclamar, pra mim é o melhor disco de todos da Fresno.


ValePunk: E por quê vocês não incluíram “Seis” no CD?
Tavares: Porque embora seja uma música que tenha dado um alarde, era uma música que não se encaixava no contexto do disco. É uma música legal e tudo, quem sabe futuramente ela possa ser gravada. Quem sabe não. Mas é isso. Ela tava fraca demais comparada às outras.


ValePunk: Qual a sua música preferida?
Tavares: Ah! A minha música preferida é “Milonga”, né?!


ValePunk: Por causa dos teus berros?
Tavares: Não...não! (risos) Porque é muito pessoal, acho que assim... as músicas que escrevemos nesse disco: Milonga, Redenção, Europa, são muito pessoais. Milonga é uma música muito resolvida pra contar uma história inteira e na hora que ela vai passar pra festa, ela vira uma festa e termina de um jeito impressionante. Eu acho que eu disse tudo o que eu queria falar pra uma pessoa especial.


ValePunk: E quais são as expectativas da banda com a gravadora nova?
Tavares: Com relação à gravadora, a idéia é trabalhar com eles pra que eles trabalhem com a gente. A gente sempre soube se virar muito bem quando a gente não tinha gravadora. Agora a gente ta começando com isso e sabemos que temos que trabalhar bem com eles para eles trabalharem bem com a gente. Eles estão fazendo muita coisa legal. Tinha coisas que antigamente seria impossível fazer. Hoje em dia a gravadora é muito mais empresariamento. Gravadora e empresário hoje são unidos. A gravadora consegue umas coisas absurdas pra gente. Existe até um exemplo, que não me lembro agora, mas, coisa que no boca a boca a gente não conseguiria nunca. Então eu acho que gravadora é bom porque ela consegue uns atalhos, assim.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Entrevista/Lucas Silveira/Fresno

"Eu vejo o mp3 como uma forma de divulgação, como um single para a rádio", Lucas Silveira




Entrevista
Vaga-lume -06 de junho 2007

















Vamos falar do DVD com as 5 bandas que acabou de sair. Como rolou o convite? Vocês já eram amigos das outras bandas?


Há alguns anos a gente já divide o palco com o Forfun e o NX Zero, tanto em festivais quanto em shows menores. A gente até ficou sabendo do DVD antes de sermos convidados e a princípio a gente nem sabia que também estava na parada. Nós começamos a nos informar e aí soubemos que também estaríamos no projeto. A iniciativa partiu da MTV mesmo junto com a Universal e o (produtor) Rick Bonadio.




Seria o caso de dizer que vocês todos fazem parte de uma mesma cena?

Sim, com certeza, já que são bandas que estão sempre tocando juntas. O Hateen faz parte dela há mais tempo ainda e com o Moptop nós já tínhamos feito pelo menos uns cinco shows ao lado deles. Seriam essas bandas que fazem parte de um cenário independente que hoje já nem é tão independente assim.


Vocês participaram do concurso de novos talentos do Vaga-lume e se definiram como uma banda de "hardcore emotivo". Hoje em dia vocês ainda usariam esse termo? Como lidam com o fato da palavra "emo" ter virado quase que um palavrão?


Eu acho que a palavra “emotiva” hoje está com uma conotação diferente que nem é legal. Na época esse termo era só um rótulo e hoje virou uma coisa maior envolvendo comportamento e outras coisas com as quais às vezes nem participamos ou concordamos. Mas o hardcore também é assim, as bandas com o tempo vão largando o som inicial e fazendo coisas de apelo mais universal e não só para o público do estilo.



As canções mais recentes de vocês mostram que novos elementos estão aparecendo, como os instrumentos eletrônicos. Vocês pretendem ir mais para esse lado na busca de um som mais diferente (um pouco como fizeram outras bandas consideradas "emo" como o My Chemical Romance)?



É um caminho natural, até tem músicas nossas com uma veia completamente rock. A gente sempre flertou com outros estilos, mas sempre mantendo uma temática e um instrumental parecido. Mas desde o começo a gente nunca se prendeu ao hardcore e às músicas mais aceleradas.



Vocês surgiram em Porto Alegre e são de uma leva posterior ao que se convencionou chamar de "rock gaúcho" por aqui (Bidê ou balde, Video Hits e Cachorro Grande). Vocês ouviam ou eram amigos desse pessoal? Em alguma coisa eles influenciaram vocês?



A gente teve contato com essa galera sim, mas eles estavam estourando quando estávamos começando. Em 99/2000 a gente ainda estava tocando no colégio. Influência mesmo no nosso som acho que não teve, apesar de serem bandas que a gente gosta.



O Rio Grande do Sul é famoso por ser um mercado "auto-suficiente" com várias bandas



Na verdade a desde o começo a gente saiu de Porto Alegre para tocar. Nós nunca ficamos esperando algo acontecer por lá. Tocamos muito no underground desde quando começamos a fazer as nossas próprias músicas. Sempre que as oportunidades surgiam nós fazíamos pequenos shows em diversas cidades do Brasil, às vezes sem ganhar dinheiro algum. Hoje em dia nós temos um bom público no Rio Grande do Sul, mas rola mais uma identificação por sermos de lá e não por fazermos um som tipicamente gaúcho.



O Fresno também está numa leva de bandas que se beneficiou quase que só da Internet para aparecer e divulgar-se (mesmo o Bidê ou Balde teve o apoio da imprensa escrita). Queria que vocês falassem um pouco sobre isso. Existem algumas dicas que vocês podem dar para as bandas mais novas sobre como usar bem a rede?



Com certeza, principalmente no começo quando a gente só tinha a Internet para divulgar o nosso trabalho. Hoje em dia a coisa complicou mais porque divulgar a sua banda só pela Internet não é mais uma idéia genial. Mesmo porque o mercado independente está com muitas bandas surgindo a todo minuto. Então hoje em dia eu realmente não tenho idéia de como fazer para atingir um público maior através da rede. Mas é bom lembrar que ao lado da Internet a gente sempre trabalhou muito no mundo real, fazendo shows, entrando em furadas... A Internet só serve para dissiminar um público que já existe. Não dá pra construir uma coisa só pela rede.



Agora vocês estão assinando com a Universal. O que mais pesou nessa decisão de largar a independência?



Sim, nós assinamos contrato para gravar o próximo disco e vamos começar no meio do ano. Foi um acordo que surgiu depois da gravação do dvd inclusive. Antes da gravação nós não tínhamos contrato com ninguém. A gente sempre teve vontade de crescer mais e mais. Agora é a hora de aparecer em outros lugares para atingir uma gente nova. E uma gravadora possibilita isso, porque ela tem acesso a coisas que a gente nunca vai ter (por conta própria) como às rádios por exemplo. Então eles chegaram para somar. É uma parceria que estamos fazendo e que chegou na hora certa, pois já conquistamos tudo o que podíamos dentro do cenário independente.



Vocês dividem a mesma casa. Como é essa coisa de passar praticamente o dia todo com os mesmos caras? Surgem aquelas brigas de convívio ou está tudo sempre bem por aí?



Rola claro, mas a gente tem uma convivência muito boa e todo mundo tem a cabeça no lugar. Se um está mal-humorado ele sai e vai dar uma volta. A gente procura não ter atritos. A convivência está sendo boa e sempre encaramos isso como uma fase. É inviável morar junto com colega de trabalho pro resto da vida. A gente não teria como morar sozinho nesse momento então estamos juntos e ensaiamos na casa, o que está sendo bom para o processo de composição das músicas para o próximo disco.



Você também tem o Beeshop (confira em www.myspace.com/lucasfresnosongs),um projeto paralelo, com uma pegada mais pro indie rock e em inglês. Pode falar um pouco desse trabalho?



Sim, quando tenho um tempo livre e uma idéia para uma música eu vou lá e gravo. Como ali não tem uma banda para conciliar as idéias eu posso fazer o som que eu quiser e o resultado acaba mais indie do que o som do Fresno.



E nada feito dessa forma acaba no Fresno?



Eu procuro separar bem as coisas. Sempre tive vários projetos e colocava algumas coisas pro Fresno que sempre foi o projeto principal. Mas agora eu procuro não misturar muito e tenho conseguido.



Para encerrar queria que você falasse um pouco sobre "Alguém que te faz sorrir" que é a música de vocês mais procurada pelos nossos usuários.



Desde que a gente lançou essa música ela teve uma aprovação muito grande. Ela tem aquela história da pessoa estar escrevendo para outra e sobre aquele esforço meio inútil de se fazer percebido por ela. A canção ilustra isso ainda que de uma forma meio confusa...Eu também estava vendo que a nossa nova música, Polo (Insistir, Resistir, Desistir), está subindo bastante no site. Acho que logo logo ela vai ser a mais acessada. E esse resultado tem a ver com o fato dela estar vindo com uma divulgação que nenhuma música nossa teve até hoje.